É um dia de setembro. A primavera começa com todo seu resplendor. A praça está cheia de flores, pássaros, borboletas, beija-flores e abelhas, fazendo o seu trabalho. O lugar perfeito para criaturas de contos de fadas passearem. Mas, em vez de criaturas mágicas, encontra-se sentado no banco um rapaz magro, a espera de algo, ou alguém, de qualquer forma esse jovem não se encaixava na paisagem, parecia uma parte do inverno adentrando na primavera, ele mordia seus lábios de ansiedade, seu cabelo bagunçado mostrava que ele acabara de acordar, não parava de olhar o relógio. Do outro lado da praça, um homem de paletó branco atravessava a ponte, embora tentasse encaixar-se com o lugar, não possuía feições felizes demais. Os dois finalmente se encontram. E o jovem inverno diz:
- Finalmente chegou doutor. Trouxe os exames?
- Sim. Só não entendo por que viemos nos encontrar aqui?
- Você sabe que eu tenho sóciofobia, não quero voltar naquele hospital. Afinal, o que deu o exame?
-Infelizmente você tem um tumor no cérebro.
-Sério?
-Sério.
O rapaz inverno ficou sem entender como numa manhã tão mágica ele poderia receber uma notícia dessas.